Na passada sexta-feira, dia 12 de Março, estivemos de novo no ISA para fazer a mudança de meio dos
explants da primeira instalação para um segundo meio de multiplicação.
Estes
explants, aos quais mudámos o meio, já tinham sido transferidos para um segundo meio de instalação (60mL de meio MS por caixa), no dia 22 de Fevereiro, pela técnica do ISA Maria João, permitindo assim que continuassem o seu desenvolvimento, uma vez que o novo meio fornecia mais nutrientes.
No dia 2 de Março, estes
explants, até então no meio de instalação desde dia 22 de Fevereiro, foram então passados, uma vez mais pela técnica Maria João, para meio de multiplicação (ver tabela A.1. já publicada neste blog, que contêm as características do meio de multiplicação). Passaram então para o meio de multiplicação os seguintes
explants:
Topo: 1cx - 2
explants apical (Ta); 1
explant basal(Tb)
Base:
- 2cxs - 5
explantes apicais (Ba)
- 2cxs - 1
explant apical(Ba); 1
explant basal (Bb)
- 1cx - 2
explants basais (Bb)
Porém, na sexta-feira passada, observámos estes explants e verificámos que a caixa que continha
explants de Topo estava infectada e oxidada, estando os explants envolvidos por manchas pretas. Para além disso, foi também infectada uma caixa de Base, pelo que sobraram-nos assim 4 caixas, todas contendo
explants de Base. Pensa-se que estas infecções têm origem no próprio explant, não estando associadas a erros técnicos. De um modo geral, concluímos também que os
explants que se desenvolveram melhor são os de Base, de origem apical.
Procedemos então à mudança destes explants para o segundo meio de multiplicação. Este meio já tinha sido previamente preparado pela técnica Maria João e estava já distribuído por novas caixas, prontas a usar. Todo este processo foi feito na câmara de fluxo laminar, que garante a esterilização do ar onde trabalhamos, e começámos por passar os explants da primeira caixa para um erlenmeyer contendo lixívia diluída em água, deixando-os nesse recipiente durante 5 minutos, agitando de vez em quando. De seguida, com a ajuda da pinça e da lâmina e bisturi, colocámos os explants numa caixa de Petri e removemos a parte desprezável, ou seja, aquela que não constitui propriamente o meristema em desenvolvimento e que pode estar oxidada ou infectada. Posteriormente, fizemos três lavagens dos explants em água autoclavada, de modo a limpá-los. Finalmente, colocámos os explants na caixa que continha novo meio de multiplicação, fechámo-la e identificámos devidamente. Repetimos o processo para as outras três caixas.
Em relação a estes
explants resta-nos esperar que se mantenham sem infecções e continuem o seu desenvolvimento.
Por outro lado, em relação aos
explants resultantes da segunda instalação, de dia 19 de Fevereiro, não chegámos a mudar para o meio de multiplicação uma vez que não se tinham desenvolvido muito. Assim, o seu tamanho pouco tinha aumentado, comparando com o crescimento dos
explants da primeira instalação quando se encontravam nesta mesma fase. Concluímos que talvez o banho de ultra-sons, processo mais forte que utilizámos previamente à instalação destes explants, seja a causa do atraso verificado no desenvolvimento dos mesmos.
Previamente, observações feitas dia 26 de Fevereiro, indicam que, relativamente aos
explants da segunda instalação:
3 cx T - sem infecção
3 cx B - "névoa" junto ao
explantObservações feitas ainda dia 5 de Março indicam que:
3 cx T - sem infecção
1 cx B - infectada
2 cx B - mantida
Ficámos então com 5 caixas mantidas. Contudo, no passado dia 12 de Março verificámos que:
3 cx T - sem infecção
1 cx B - infectada
1 cx B - mantida
Ora, o facto de as caixas Topo terem sido todas mantidas, talvez se explique pelo facto destes meristemas de topo não terem dentro de si tantos microrganismos, fungos ou bactérias, uma vez que originalmente, na planta, se encontrem mais afastados do solo e, portanto, mais distantes de tais agentes infectantes. Será pois uma hipótese a considerar.